segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

A POESIA E O HUMOR - CONVERSA DE AMIGO (RAFAEL BRITO)

 O HUMOR E A POESIA LADO A LADO


    O humor sempre andou de mãos dadas, digo isso por que conheço muitos poetas que são também humoristas. Eu mesmo como declamador de poesia popular já participei de um projeto de humor chamado TERÇA DE GRAÇA, coordenado brilhantemente pelo meu amigo humorista Bené Barbosa (O Papudim), uma das grandes referências humorísticas do nosso amado Ceará. Participei por três anos consecutivos do projeto com o espetáculo "O Bordador de Histórias" já conhecido de algumas pessoas, onde eu misturava poesia, causos, músicas e muito mais. Recentemente em Junho de 2022 recebi das mãos do Bené o troféu em homenagem e agradecimento da participação do projeto e por colaborar nos dez anos de história desse riquíssimo evento que percorreu o Estado inteiro levando graça para as pessoas e colaborando com a formação de plateia nos lugares onde passou.







    Como todo bom aprendiz, ouvindo os grandes mestres, recebi um pouco desse humor, apresento a vocês um pequeno texto, que brevemente será publicado no Almanaque Tupynanquim, publicação anual feita pela Tupynanquim sob a astúcia e sabedoria do amigo, padrinho e irmão Klévisson Viana, um dos maiores nomes do cordel e da ilustração Cearense, ao qual tenho prazer imenso de ter a amizade! Confiram abaixo um poesia de quatro estrofes que enche de riso ao ser mais cisudo, CONVERSA DE AMIGO:


Certo dia, dois amigos

Num descontraído “lero”

Conversavam sobre a vida

Sem besteira, sem esmero

Um deles, o mais ingênuo

E o segundo mais sincero.

 

 

Sinceridade demais

No Nordeste é grosseria

Seu Lunga foi prova viva

O Rei da respostaria

Pra tudo tinha resposta

Quem quiser faça uma aposta

Só pra ver a putaria.

 

 

O primeiro amigo, ingênuo

Perguntando sorrateiro

Queria saber se o causo

Que contam é verdadeiro:

— Maracujá, pra dormir

É bom mesmo companheiro?

 

 

O segundo bem sincero

Disse assim: — Chega deu sede.

E fumando seu cigarro

Encostado na parede

Disse: — Amigo, pra dormir

Prefiro mais uma rede!



Se quiser colaborar com meu trabalho, fique a vontade, você pode enviar sua colaboração para a continuidade desse blog e trabalho de pesquisa através dos dados:



Rafael Carneiro Brito

Neon Pagamentos

Banco Votorantim

PIX:  (88) 98106 4624


segunda-feira, 18 de julho de 2022

OS MASCARADOS DE URUOCA: MEU BLOCO DE RUA TEM HISTÓRIA PRA CONTAR

BRINCANTES DO CARNAVAL DE RUA EM URUOCA LANÇAM DOCUMENTÁRIO SOBRE A CULTURA LOCAL

        




    Na próxima sexta feira (22/07), brincantes do bloco "Os Mascarados de Uruoca" lançarão um documentário sobre o desfile popular de carnaval, sua origem e sua continuidade através de jovens músicos do município. O idealizador do Projeto Vicente Ricardo (Presidente da Associação dos Músicos de Uruoca), traz nessa narrativa a importância de preservar a cultura local e inclui jovens e adultos nesse festejo.
    O desfile de Carnaval de rua acontece em Uruoca desde a década de 1960 onde amigos brincantes e músicos da região se juntavam para brincar o carnaval com máscaras e vestimentas engraçadas, fazendo desfile nas ruas de Uruoca e chamando toda a população para participar.
    Nesse resgate cultural foram entrevistados muitos brincantes da antiga geração do carnaval de rua e os jovens que se dedicam hoje a essa maravilhosa brincadeira.
    O lançamento do documentário acontecerá dia 22 de Julho de 2022 na praça da Estação em Uruoca, e contará com a Banda Filarmônica Uruoquense, Grupo de Flautas Esperança Instrumental e Grupo Pé de Serra Cacimba D'água, entre outros convidados.

O documentário será publicado na página do YouTube "Os Mascarados de Uruoca"


LANÇAMENTO DO DOCUMENTÁRIO "OS MASCARADOS DE URUOCA, MEU BLOCO DE RUA TEM HISTÓRIA PRA CONTAR"

LOCAL
Praça da Estação de Uruoca - CE

HORÁRIO 
19H

APOIO
Associação dos Músicos de Uruoca (AMU)

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

    PELEJAS POÉTICA-SERTANEJAS


 Sem sombra de dúvidas, a "peleja" é uma das mais interessantes vertentes do cordel. Mostrando vários estilos de estrofes, a peleja é onde dois cantadores se desafiam para ver qual dos dois é melhor nos versos. Também registra alguns desafios entre poetas e cantadores que, através do folheto, se tornaram muito conhecidos no meio popular.

    Uma das maiores pelejas, sem sombra de dúvidas, é um clássico da literatura de cordel chamado "A PELEJA DE CEGO ADERALDO E JOSÉ PRETINHO DO TUCUNS" de Firmino Teixeira do Amaral, ao qual espalhou-se pelos quatro cantos do Brasil e do mundo, tornando-se parte importante da literatura popular brasileira.




      Ainda hoje alguns poetas escrevem pelejas e as publicam em formato de folheto ou usando o recurso tecnológico como a internet para a divulgação dos seus trabalhos.

    Venho mostrar um belíssimo trabalho que escrevi com o Mestre Klévisson Viana, escrito em abril de 2019 e que por motivos de força maio só fizemos o lançamento oficial em setembro de 2021 na I Feira de Cordel, Artesanato e Culinária Regional de Uruoca, na ocasião tivemos apresentações artísticas e lançamentos de outros títulos literários.

    Com capa conjunta dos dois autores, segue na íntegra o folheto "GRANDE PELEJA VIRTUAL DE KLÉVISSON VIANA COM RAFAEL BRITO EM TEMPOS DE PANDEMIA".


Link para o folheto na íntegra:



Por Rafael Brito

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O POETA PASSARINHO E O PÉ DE IMBÚ


     A existência importa quando encontramos motivos para ela. Geralmente todas as nossas razões para a (nossa) existência são muito rasas, se realmente refletirmos sobre tais. Por tempos busquei motivos e razões para a minha, sempre fui muito curioso. Porém, o que encontrei, principalmente dentro de mim, foi confusão e caminhos sem saída.
     Me perdi nesses caminhos, mas aprendi a voltar e retomar de onde havia parado seguindo um novo caminho. Não aprendi tudo, e nunca aprenderei. Nunca saberemos todos os mistérios dessa vida, ou de outras se é que passamos.
     Depois de um ano muitíssimo difícil eu me vi em lugares totalmente diferentes aos quais estava acostumado e confortavelmente imóvel. 2019 pra mim foi um ano de muitas lutas internas e de aprender com meus próprios erros para me tornar uma pessoa melhor. 
     Quando plantamos caos, certamente o colheremos, assim, se plantarmos também coisas boas, com o coração verdadeiramente pleno e puro, colheremos nas mesmas circunstâncias. Terminei 2019 colhendo o que plantei durante os meses difíceis, plantei paciência, humildade, gratidão e muitas outras coisas somente permitidas pelas doloridas feridas que o ano me trouxe. 
     A colheita começou ainda no final do ano, onde o meu sonho maior, abriu um grande sorriso e me disse, está na hora. Então, com unhas e dentes agarrei a oportunidade de abrir o Centro de Tradições Populares. Estava então assim, se tornando realidade o meu sonho de realizar os sonhos das pessoas.
    


     Me encontrei no meio do povo. Cada sorriso, cada olhar, cada gesto de gratidão, é simplesmente lindo e forte a energia de cada comunidade que estou conhecendo pelo interior. Apesar de ter viajado tanto, percebi que não fazia ideia de como o meu Ceará era tão bonito.

     Sigo a vida e a vida me deixa ser o seguidor dela, reforçando em cada lágrima de felicidade, o que outrora havia escrito: A Felicidade Mora Nas Delicadezas".

Hoje os meus sorrisos são belos, doces e profundos. Até um meio sorriso conta a minha história. Só me resta poesia, e foi a única coisa que nunca me faltou.

Sou um passarinho amador num galho alto de imbú, bicando a felicidade e a doçura dos anos de minha mocidade, de penas reluzentes e de coração liberto, de alma pura e de cantar terno.

Sou um verso que transborda
na borda do universo.

Por Rafael Brito
Luz de Guará.

25 de Fevereiro de 2020.


Entre Beijos e Abraços,
Expostos a olho nu,
Éramos dois passarinhos
Naquele pé de imbú.

(Rafael Brito)

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

I SEMANA ECOLÓGICA DE SÃO GONÇALO, Saúde e Bem Estar Físico e Espiritual

VIVA SÃO GONÇALO! VIVA O NOSSO POVO! 

VIVA A I SEMANA ECOLÓGICA!


No último dia 10 (domingo), nos reunimos com os moradores da comunidade de São Gonçalo juntamente com o diretor da Associação Comunitária de São Gonçalo e Santa Maria, para falarmos da I SEMANA ECOLÓGICA DE SÃO GONÇALO. Na reunião conversamos com representantes das famílias sobre uma semana de evento, e como a comunidade poderia ajudar no acolhimento aos participantes do evento. 
Tivemos total aprovação de todos que compareceram à reunião e compartilhamos de uma mesma felicidade, somos muito gratos aos moradores de São Gonçalo pela receptividade e pelo carinho.
Uma Comunidade unida é uma comunidade forte e feliz.


Também nos reunimos com o Prefeito de Meruoca, Fonteles, para falarmos do evento e pedirmos apoio da Prefeitura Municipal para o evento, afim de que sejam compartilhadas também, essas experiências. O Prefeito Fonteles nos recebeu em sua casa, e nos apoio desde o princípio. Ouviu toda a proposta e nos ofereceu todo apoio e condições de realizarmos o evento, e demonstrou total satisfação com o trabalho da comunidade em realizar eventos de crescimento sócio culturais numa região tão pequena e afastada. Gratidão total ao Prefeito Fonteles, e a todos os colaboradores, que decidiram investir seu tempo para que pudermos realizar esse evento.

SOBRE O EVENTO

A I SEMANA ECOLÓGICA DE SÃO GONÇALO acontecerá de 09 à 13 de Dezembro e terá atividades nos três períodos do dia (manhã, tarde e noite), com oficinas, rodas de conversas, vivências em biodança, práticas de bioconstrução, exibição de documentários, repasse de saberes e fazeres, e muitas outras coisas, com o objetivo de construir na comunidade, um Centro de Cuidados, com farmácia viva, trazendo assim, um espaço de lazer e relaxamento para todos os moradores. As inscrições serão através de um formulário online e tem vagas limitadas. Além do mais, no último dia, teremos diversas apresentações artísticas que abrilhantarão nossa noite de sexta feira (13) com seus talentos, como Marcos Carvalho (Sobral), Banda Iandê (São Vicente, Meruoca), Arupemba (Guaraciaba do Norte) e muitos outros.

Mais uma vez, agradecemos à todos os colaboradores por todo apoio, e vamos que vamos!

VIVA A I SEMANA ECOLÓGICA DE SÃO GONÇALO!

domingo, 7 de julho de 2019

UM CORDEL SOBRE MISTÉRIOS


O HOMEM QUE DESEJOU O MUNDO OU OS TRÊS CAVALEIROS DA MORTE




Dos cordéis que escrevi na vida, esse é um dos mais interessantes, um mistério acontecido no sertão do Ceará que eu ouvi de um conhecido e reproduzi em versos. Procuro sempre, em meus cordéis, trazer um certo pensamento reflexivo e pelo caminhar das coisas, penso que tenho conseguido tal coisa. Inda preciso melhorar na escrita do cordel, pois metrificar não é lá essas coisas tão fáceis. Sem mais delongas, um cordel misterioso para quem gosta de histórias sinistras:

Que as chuvas celestiais
De bênçãos e inspiração
Hoje sirvam de incentivo
E habitem meu coração
Para que eu possa ter êxito
Nesta minha narração.

Em cordel narro a história
Que me contaram um dia
Para que fiquem registros
Em forma de poesia
E os versos se perpetuem
Para o cordel ter valia.

Das histórias que ouvi
Nessa vida, por terceiros,
Uma guardei com atenção
Nos mais diversos roteiros
Que segui na minha vida
Pois são causos verdadeiros.

A história que vos conto
Se passou no Ceará
Em lugar que é difícil
Alguém chegar até lá
E quando chega, é impossível
Voltar pro lado de cá.

Essa vida é um mistério,
Ninguém sabe de onde vem,
O que viemos fazer
Nem pra onde vamos também,
Nem se sabe o que não temos
Nem se sabe o que se tem.

Em um remoto recanto
Do sertão deste estado
Um homem contou que foi
Em sentidos, arrebatado,
E contava tudo ao povo
Como algo mui sagrado:

Um dia, eu caminhando,
Pela beira da estrada
Seguindo o rumo da “venta”
Sem se preocupar com nada
Me deparei com um velho
Com a roupa toda rasgada.

O velho estendeu a mão
Me pediu uma esmola
Tinha num braço uma bengala
E no outro uma sacola
Com certeza, aquele velho,
Nunca soube o que é escola.

Eu, como não tinha nada,
Nada pude lhe ofertar,
Pedi perdão pela falta
Desejei não mais faltar
Mas o velho me olhando
Começou logo a falar:

Se você diz não ter nada
Você se engana, amigo!
Pois todos nós, neste mundo,
Levamos algo consigo,
E você tem humildade
Parou e falou comigo.

Vejo que é um homem bom
Humilde, forte, sincero,
E por você tenho apreço
Nada de você espero
Mas lhe proponho um acordo
Feito com muito esmero.

Na verdade não sou pobre
Moro em imensa mansão
Mando e desmando em tudo
O que tem por esse chão
Posso lhe dar tudo o que quer
Com um simples aperto de mão.

Se me queres como amigo
E meu acordo aceitar
Terás tudo o que quiseres
Bastando apenas falar
O preço não é barato
Mas é simples de pagar.

Basta dizer: Eu aceito!
E assinar esse papel
Com uma gota de sangue
E colocar esse anel
E tudo o quanto pedires
Será teu, homem fiel.

Ouvindo aquelas palavras
Não sabia o que dizer
As palavras me fugiram
Comecei logo a tre
Tem aquilo que um ser faz
O homem que vende a alma
Não tem um dia de paz.

Mas o coração do homem
Tem querer inconsequente
É movido por desejo
E isso apodrece a gente
E com minha assinatura
Me fiz escravo, servente!

Assim que assinei o contrato
O velho sumiu no vento
Logo veio uma tempestade
Dos confins do firmamento
E três cavaleiros negros
Me fazer um julgamento.

O primeiro disse: Eu
Vim aqui para servir
E farei isso com afinco
Sem comer e sem dormir
Mas cuidado com aquilo
Que você irá pedir.

O segundo disse: Eu
Vim aqui pra aconselhar
Tudo quanto for pedir
É melhor me consultar
Para ver se o pedido
Vale a pena se firmar.

O terceiro disse: Eu
Vim apenas pra julgar
Teus pedidos sendo bons
Eu irei te aprovar,
Porém, se forem ruins,
Minha mão irá pesar.

Os três falaram em coro:
Essa será tua sina
Pela alma que vendestes
Pensando ser pequenina
O que não aprendestes em casa
O mundo hoje te ensina.

Um somente a me servir,
Outro para aconselhar
O terceiro cavaleiro
Veio apenas pra julgar
Daquela escolha que fiz
Não podia mais voltar.

O meu ser inconsequente
Pediu poder e riqueza
Sem lembrar que tinha tudo
No mundo, na natureza
Mas o coração humano
Não vê tão fácil a beleza.

Os cavaleiros seguiram
Cada um dos meus pedidos
E nenhum por eles foram
Barrados ou impedidos
Mas eles mostravam ser
Cuidadosos, precavidos.

Quando estava bem de vida
Sentado, olhando o nada,
O primeiro caveiro disse
Que a hora era chegada
De pagar a minha dívida
Que foi por mim assinada.

Logo vi ao longe o velho
Com a sacola na mão
Voltei pra dentro correndo
Topei e cai no chão
Senti algo apertar
Dentro do meu coração.

Olhei pra trás e não vi
Do velho nenhum sinal
Levantei e, de repente,
Houve grande vendaval
Tomando a casa inteira
Da calçada até o quintal.

Numa fumaça escura
O velho me apareceu
Me olhou de cima a baixo
Meu corpo logo tremeu
Quando o velho disse a mim
Vim buscar o que é meu.

Você foi tolo, pediu
Somente o que lhe agrada
Não ajudou nenhum pobre
Sua mente foi fechada
E termina sua vida
Sem ter direito a nada.

Se tivesse divido
Tudo o que possuía
Tinha vivido mais tempo
E agora não iría
Ter que pagar o contato
Pois eu sei que não queria.

Você pensou em riqueza
Em poder e tudo mais
O seu corpo teve alívio
Mas agora, meu rapaz,
Você vai ter que aceitar
Sua alma não terá paz.

Você foi muito egoista
Podia mudar o mundo
Mas preferiu se servir
Teve um coração imundo
Agora pagará caro
Por perder cada segundo.

Nesse instante a minha alma
Sentiu tristeza sem fim
Remorso, dor, sofrimento,
Angústia, tormento, sim
Tudo por que o egoismo
Tomara conta de mim.

Não tinha mais volta aquilo
Mas resolvi apelar
Pedi ao velho uma chance
Pra poder me consertar
Somente mais um pedido
Pedi pro velho me dar.

O velho, bastante eufórico,
Disse a mim: peça que dou!
Sua alma já foi vendida
E nada mais lhe restou
Cuidado com o pedido
É o último. Afirmou.

Quando vi se achando esperto
A pedir não demorei
Disse: Eu quero voltar no tempo
Pro dia em que lhe encontrei
Assim não assino nada
E hoje não morrerei.

Quando o velho ouviu aquilo
Não sabia o que falar
Mas palavra é palavra
Atrás não pôde voltar
Ficou muito furioso
Não tinha como escapar.

Voltei naquele momento
Em que o velho encontrei
Dei-lhe algumas moedinhas
E logo o rumo tomei
O velho ficou me olhando
E eu sorrindo passei.

Esse foi o dia em que
As trevas eu enganei
Não é mentira essa história
Só eu vi e só eu sei
Tudo o que tive e vivi
O que perdi e o que dei.

E assim me contaram isso
Que vos conto em cordel
Torço para que essa história
Não fique só no papel
Que viaje pelo mundo
E chegue ao leitor fiel.

Dizem que a inteligência
Quanto mais exercitada
É como uma semente
Em terra boa plantada
Cresce muito e reproduz
E é por muitos admirada.

O egoísmo humano
Destrói nosso coração
Vamos dividir o leito
Repartir o nosso pão
E amar mais uns aos outros
Lembrando do nosso irmão.

Dos conselhos e ditados
Que eu guardei na memória
Esse é apenas mais um
Que eu carrego com glória
E torço para que fique
Na face da nossa história.

FIM

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