O TESTAMENTO DE ZÉ MORREDOR
LANÇAMENTO NA II FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO
O TESTAMENTO DE ZÉ MORREDOR - AUTOR: RAFAEL BRITO |
Fruto de uma experiência parecida, "O Testamento de Zé Morredor" foi um texto que simplesmente pensei e saiu de uma só tacada. Dentro de 30 ou 40 minutos escrevi esse folheto, e será um sucesso na II FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO. Além desse, outros títulos de minha autoria também serão lançados como "O Casamento da Raposa", "O Romance de Isaura e João Mimoso ou a Cobra Encantada da Lagoa do Padre Andrade", e muitos outros.
Confira um trecho do folheto "O Testamento de Zé Morredor" e entre em contato para adquirir o folheto na íntegra:
Das histórias desse mundo
Muitas são tão curiosas
Que até parecem mentira
Por serem fantasiosas
Cada qual tem sua beleza
Narrações maravilhosas.
Essa que vos conto hoje,
Meu bom e caro leitor,
Escutei a muito tempo
De um velho contador
De histórias, que vivia
Na baixa do varredor.
Conto que Zé Morredor,
Apelido do sujeito
Que todo dia sonhada
Em morrer de todo jeito
Bala, faca, e até infarto
Mas era um homem direito.
Qualquer coisa para ele
Era motivo pra morte
Até suco com semente,
Gostava de levar corte
E quando alguém lhe batia
Se um julgava homem de sorte.
Um dia já enfadado
De tanto esperar morrer
Zé olhou pra o céu sem nuvem
Engoliu seco ao dizer
Que faria testamento
Pra findar seu padecer.
Viver, pra Zé Morredor,
Era uma espécie de atraso
A morte era um livramento
De um lugar sem acaso
Onde se planta mentira
E só se colhe descaso.
Disse ele: hoje eu vou
Escrever meu testamento
Já trabalhei o que devia
Levando areia e cimento
Está na hora, eu sinto,
Chegou meu sepultamento.
Separou um quarto claro
Da casa onde morava
Falou pra todos da casa
Que já se aproximava
A hora de sua morte
E quase nada faltava.
Deitou numa cama antiga
E deu recado ao seu filho
Que chamasse advogado
Seu Almeida ou seu Castilho
Que ainda naquele dia
Seguiria pelo trilho.
O advogado entrou
Falou com a parentela
Direcionou-se ao quarto
Entrou, abriu a janela,
Acendeu uma vela branca
E abriu a mala amarela.
Pôs na ponta do nariz
Um óculos sem uma perna
Procurou em sua maleta
Um papel e uma lanterna
Lambeu a ponta do lápis
E bebeu água da sisterna.
Perguntou, foi bem direto:
Tem muitos bens pra deixar?
Zé Morredor disse: Alguns,
E já sem quem vai ficar
Com o que conquistei na vida
Depois de muito suar.
- Pode citar um a um
Que farei seu testamento
Pelo serviço que faço
Cobrarei trinta por cento
De tudo que tem, e digo:
Aceite meus sentimentos.
(...)
Texto e Capa de Rafael Brito e Correção de Rouxinol do Rinaré.
Contatos para adquirir o folheto na íntegra: 085 98924 1735
ou pelo e-mail: maestrorafaelbrito@gmail.com
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