quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A CASINHA DOS SONHOS

PROJETO CRIANÇA FELIZ





Eu tive sorte de ter nascido numa comunidade simples, humilde e chamada de periferia. E tive mais sorte ainda de ter nascido um sonhador. Mas um sonhador, pra ser sonhador de verdade, tem que aprender com alguém a como direcionar esses sonhos pros lugares certos para que se tornem realidade, afinal, todos precisamos de professores e de escolas.

Eu fui criado em meio a arte, pois minha família é uma família de artistas. Além de ter arte em casa, eu tive outro auxílio, e um auxílio grandioso: um lugar onde se ensina a sonhar!

A "Casinha dos Sonhos", mais conhecida como Projeto Criança Feliz, foi minha primeira escola. Ali aprendi valores e a ser eu mesmo.


O "faz de conta" que acontecia ali dentro, era apenas uma preparação para tudo o que eu ia viver e conquistar no mundo da arte. Tive ali minhas primeiras aulas de violão, de violino, de teatro, de canto, pandeiro, e tive a oportunidade de subir pela primeira vez em um palco de teatro, de verdade!

Tudo aquilo sempre foi tão mágico pra mim, tão lúdico. Eu me divertia ao mesmo tempo que aprendia. Foi ali que eu aprendi a ser humano. 

Como um "oásis no meio do deserto" é a "Casinha dos Sonhos" no meio dos bairros Jardim Iracema e Padre Andrade, bem na divisa, onde duas comunidades se tornam apenas uma, em pensamento e sentimento.

O meu sentimento de gratidão é tão enorme e inexplicável que já tentei de todas as formas descrevê-lo e só saiu poesia. A "Casinha dos Sonhos" deve ser mesmo isso, uma poesia.

A beleza desta casa, não está nas paredes, nas salas, nem na biblioteca, está nos sorrisos, nos olhares e nos momentos de afeto, carinho e força de vontade.


Ali acontecem coisas que nenhum gravador ou câmera pode registrar. A "Casinha dos Sonhos" é a maior prova de que uma pequena atitude pode mudar milhões de vidas. 

A minha vida, foi completamente mudada com as coisas que aprendi lá. E me orgulho disso! Eu fico me perguntando, como pode ter tanta gente com essa vontade de mudar vidas, dentro de uma comunidade tão ameaçada pela violência? E na mesma hora a resposta me vem na cabeça: É justamente essa violência que nos dá força pra querer mudar essa situação.

Escrevendo este artigo, não contenho as lágrimas, pois a emoção me toma por completo por falar de uma coisa que me toca profundamente: a minha escola.


Quando vejo os jovens trocando uma arma por um violão, ou uma pedra de crack por um violino, ou mesmo um cigarro de maconha por um tambor, meu coração se enche com um sentimento que mal cabe dentro de mim. Sinto que isso sim, foi uma troca bem feita, e uma troca que ele nunca irá se arrepender.

Prefiro os jovens da minha comunidade com um sorriso nos olhos e um instrumentos na mão do que no chão, sem vida!

Ronaldo Lopes, Socorro Timbó, Eliane Oliveira, Sandra, Vanessa, Gerlene, Fábio Porto, Diones Mendes, Ivânia Maia, e tantos outros profissionais que tiram seu tempo para se empenhar nessa causa, são pessoas de grandes corações, unidas em um mesmo pensamento e na mesma luta: Mudar Vidas!

Meus sonhos ali só crescem, passeio pelo jardim lembrando de quando era menino e corria por ali descalço, as vezes, e comia frutas e sentia o cheiro das rosas perto da fonte. Aquilo tudo sempre foi tão lindo. Tudo o que sentia e sinto naquele lugar, jamais senti ou sentirei em outro.



Com todas as forças, lutarei por minha casa, a "Casinha dos Sonhos", lutarei para que nunca feche as portas, nunca deixe de atender as famílias e lutarei principalmente, para que nunca deixe de ensinar a sonhar e a ter esperanças no ser humano por mais que o mundo diga o contrário.

Este pequeno depoimento, escrevo com lágrimas nos olhos, cheio de emoção no peito e de felicidade, com uma eterna esperança de que uma pequena atitude, muda milhões de vidas.




AO PROJETO CRIANÇA FELIZ

É pé descalço
É brincadeira
Luz verdadeira
Na escuridão
É um oásis
Amor materno
Cantar fraterno
Do coração.

É pulo e roda
É cirandinha
É toda a minha 
Inspiração
É berço cheio
De fantasia
É alegria
No coração.

É criançada
Sempre a brincar
Poder sonhar
Com emoção
É tudo aquilo
Que move o mundo
É amor profundo
Do coração.

É uma fonte
De vida e arte
Nos torna parte
Da criação
É poesia
Que nos agita
E nos palpita 
O coração.

É caridade
Grande Carinho
No meu caminho
De pé no chão
Descalço eu sigo
Sentindo o vento
E o sentimento
Do coração.

(Rafael Brito)

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O TESTAMENTO DE ZÉ MORREDOR - LANÇAMENTO NA II FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO

O TESTAMENTO DE ZÉ MORREDOR
LANÇAMENTO NA II FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO


O TESTAMENTO DE ZÉ MORREDOR - AUTOR: RAFAEL BRITO

Fruto de uma experiência parecida, "O Testamento de Zé Morredor" foi um texto que simplesmente pensei e saiu de uma só tacada. Dentro de 30 ou 40 minutos escrevi esse folheto, e será um sucesso na II FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO. Além desse, outros títulos de minha autoria também serão lançados como "O Casamento da Raposa", "O Romance de Isaura e João Mimoso ou a Cobra Encantada da Lagoa do Padre Andrade", e muitos outros.

Confira um trecho do folheto "O Testamento de Zé Morredor" e entre em contato para adquirir o folheto na íntegra:


Das histórias desse mundo
Muitas são tão curiosas
Que até parecem mentira
Por serem fantasiosas
Cada qual tem sua beleza
Narrações maravilhosas.

Essa que vos conto hoje,
Meu bom e caro leitor,
Escutei a muito tempo
De um velho contador 
De histórias, que vivia
Na baixa do varredor.

Conto que Zé Morredor,
Apelido do sujeito
Que todo dia sonhada
Em morrer de todo jeito
Bala, faca, e até infarto
Mas era um homem direito.

Qualquer coisa para ele
Era motivo pra morte
Até suco com semente,
Gostava de levar corte
E quando alguém lhe batia
Se um julgava homem de sorte.

Um dia já enfadado
De tanto esperar morrer
Zé olhou pra o céu sem nuvem
Engoliu seco ao dizer
Que faria testamento
Pra findar seu padecer.

Viver, pra Zé Morredor,
Era uma espécie de atraso
A morte era um livramento
De um lugar sem acaso
Onde se planta mentira
E só se colhe descaso.

Disse ele: hoje eu vou
Escrever meu testamento
Já trabalhei o que devia
Levando areia e cimento
Está na hora, eu sinto,
Chegou meu sepultamento.

Separou um quarto claro
Da casa onde morava
Falou pra todos da casa
Que já se aproximava
A hora de sua morte
E quase nada faltava.

Deitou numa cama antiga
E deu recado ao seu filho
Que chamasse advogado
Seu Almeida ou seu Castilho
Que ainda naquele dia
Seguiria pelo trilho.

O advogado entrou
Falou com a parentela
Direcionou-se ao quarto
Entrou, abriu a janela,
Acendeu uma vela branca
E abriu a mala amarela.

Pôs na ponta do nariz 
Um óculos sem uma perna
Procurou em sua maleta
Um papel e uma lanterna
Lambeu a ponta do lápis
E bebeu água da sisterna.

Perguntou, foi bem direto:
Tem muitos bens pra deixar?
Zé Morredor disse: Alguns,
E já sem quem vai ficar
Com o que conquistei na vida
Depois de muito suar.

- Pode citar um a um
Que farei seu testamento
Pelo serviço que faço
Cobrarei trinta por cento
De tudo que tem, e digo:
Aceite meus sentimentos.

(...)

Texto e Capa de Rafael Brito e Correção de Rouxinol do Rinaré.

Contatos para adquirir o folheto na íntegra: 085 98924 1735
ou pelo e-mail: maestrorafaelbrito@gmail.com

terça-feira, 8 de agosto de 2017

PROGRAMAÇÃO DA II FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO

CAIXA CULTURAL FORTALEZA RECEBE A SEGUNDA EDIÇÃO 
DA FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO

Com curadoria do cordelista e editor Klévisson Viana, evento reúne os principais expoentes da literatura popular em versão tipicamente nordestina.

 A CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, de 17 a 20 de agosto de 2017, a II Feira do Cordel Brasileiro, que tem o objetivo de incentivar e promover a literatura popular e as manifestações artísticas tipicamente nordestinas. Com aproximadamente 30 expositores, o evento também pretende fomentar o encontro do público geral com os artistas, como forma de conhecer melhor a expressiva produção do melhor do cordel, da cantoria e da xilogravura nacional.

Com entrada gratuita, a Feira do Cordel Brasileiro reúne vários dos principais nomes da literatura de cordel no País, além de emboladores, cantadores de viola e da música regional. Entre as atrações estão os músicos-cordelistas Jorge Mello, parceiro de Belchior em aproximadamente 40 canções; o cordelista, repentista e sambador Mestre Bule-Bule; o Mestre Valdeck de Garanhuns, bonequeiro, cordelista, repentista e xilogravador; a médica, cantora e cordelista Paola Torres; os grupos Tempo de Brincar; o jovem Rafael Brito e a Rabecaria; dos forrós Kutuca a Burra e Cacimba de Aluá. O evento conta ainda com show de repente pela dupla Geraldo Amâncio e Guilherme Nobre, além de muitas declamações pelos cordelistas Chico Pedrosa, Antônio Francisco, Klévisson Viana, Evaristo Geraldo, Lucarocas, Paulo de Tarso, Raul Poeta, Paiva Neves, Arievaldo Vianna e Tiago Monteiro.

A Feira vai promover palestras, lançamentos literários, a exibição do documentário “Cego Aderaldo – o Cantador  e o Mito”, de Rosemberg Cariry, como também a exposição e venda de folhetos de cordel, livro, camisetas e CDs. A curadoria é do cordelista e editor Klévisson Viana, vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura (2015) com o livro "O Guarani em cordel" (Ed. Amarylis, baseado na obra de José de Alencar). 

Além disso, os interessados poderão participar de oficinas de xilogravura e de cordel. As inscrições estarão abertas de 07 a 16 de agosto de 2017, por meio dos emails encenaproducoes@gmail.com e aestrofe@gmail.com ou pelo telefone. (85) 3023-3064. Cada oficina terá limite de 20 vagas.

Nessa edição, os homenageados serão o repentista Cego Aderaldo (50 anos de morte), os cordelistas Gonçalo Ferreira (80 anos), Arievaldo Vianna (50 anos), o Mestre Bule-Bule (70 anos), Zé Maria de Fortaleza (60 anos de viola) e o cordelista e xilogravador Mestre José Costa Leite (90 anos de vida e 72 anos de arte). 

Manifestação literária

O Ceará se perpetua como o maior polo produtor de Literatura de Cordel desde os longínquos tempos da Tipografia São Francisco, em Juazeiro do Norte, posteriormente rebatizada de Lira Nordestina. A partir da década de 1990, essa produção se acentuou na capital do Estado, sobretudo após o surgimento de associações de poetas, trovadores e folheteiros, tais como o Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste (CECORDEL), a Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará (AESTROFE), entre outras, além da consolidada casa editorial Tupynanquim Editora e da Cordelaria Flor da Serra.

Apesar do linguajar simples e informal, a literatura de cordel é, hoje, revista como importante manifestação literária, pois é compreendida como uma das nossas primeiras manifestações poéticas em língua portuguesa, tendo sua origem na produção oral trovadoresca. Neste sentido, a literatura de cordel vem sendo cada vez mais aceita e estudada pelas academias e já possui uma Academia Brasileira de Cordel, fundada em 07 de setembro de 1988 com sede no Rio de Janeiro.

A II Feira do Cordel Brasileiro é uma iniciativa é da AESTROFE (Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará) com patrocínio da CAIXA Econômica Federal e Governo Federal com o apoio cultural da Tupynanquim Editora, Cariri Filmes, Editora Imeph, Programa A Hora do Rei do Baião e Premius Editora.


Sobre os homenageados

CEGO ADERALDO (Aderaldo Ferreira de Araújo) – 50 anos de morte (24 de junho de 1878 + 29 de junho de 1967)

No dia 29 de julho de 2017, completaram-se 50 anos do desaparecimento daquele que é considerado um dos mais importantes poetas populares nordestinos, Aderaldo Ferreira de Araújo - o famoso Cego Aderaldo. Nascido no Crato (CE), ele veio morar muito jovem na cidade de Quixadá (CE), depois de ficar órfão de pai, empregando-se na estrada de ferro. Cegou aos 18 anos. Trabalhava abastecendo uma caldeira quando tomou um copo de água fria e os olhos estalaram imediatamente, fazendo com que perdesse a visão pelo resto da vida. Comprou então o seu primeiro instrumento e descobriu que sabia fazer versos. Achava humilhante ter que pedir esmolas por isso exerceu diversas profissões: além de cantador foi comerciante e exibia filmes num cinematógrafo lhe presenteado por Ademar de Barros, ex-governador de São Paulo. 

GONÇALO FERREIRA – 80 anos 

Cearense da cidade de Ipu, o poeta, contista e ensaísta Gonçalo Ferreira da Silva nasceu no dia 20 de dezembro de 1937. Aos 14 anos transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde, em 1963, publicou pela Editora da Revista Rural Fluminense o primeiro livro: “Um resto de razão”, coletânea de contos regionais do Nordeste. Em 1978 iniciou sua produção de literatura em cordel, quando, ao realizar estudos sobre cultura popular na Fundação Casa de Rui Barbosa, conheceu o pesquisador Sebastião Nunes Batista e em companhia dele passou a frequentar a Feira de São Cristóvão. Muito exigente com a forma, tem estrofes primorosas em seus mais de 200 trabalhos já publicados. Também escreveu livros em prosa, como uma biografia romanceada do cangaceiro Lampião. É fundador e atual presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC, situada no bairro de Santa Tereza (RJ).


ARIEVALDO VIANNA (Arievaldo Vianna Lima) – 50 anos 

Nascido aos 18 de setembro de 1967 na fazenda Ouro Preto (Sertão Central do Ceará), o escritor Arievaldo Vianna foi criado à luz de lamparina, em contato permanente com as cacimbas dos saberes do povo nordestino. Foi alfabetizado em meados de 1970, graças ao valioso auxílio da Literatura de Cordel. Estreou na imprensa em 1982 no Jornal de Canindé e, logo em seguida, passou a publicar seus trabalhos no Caderno de Domingo do jornal O POVO, de Fortaleza. A partir dos anos 1980 vem publicando diversos folhetos, alguns em parceria com Gonzaga Vieira, Klévisson Viana, Pedro Paulo Paulino, Jota Batista e Sílvio Roberto Santos, entre as dezenas de livros com temática diversa e mais de 120 folhetos de cordel já publicados. É também xilogravador, chargista e ilustrador. Participou, ao lado de Dominguinhos, Assis Ângelo e Sinval Sá, de documentário da TV Câmara de Brasília sobre o Centenário de Luiz Gonzaga.


MESTRE BULE-BULE (Antônio Ribeiro da Conceição) – 70 anos 

Um dos mestres da cultura popular nordestina mais renomados do Brasil, Antônio Ribeiro da Conceição, cujo nome artístico é Bule-Bule, nasceu em 22 de outubro de 1947 na cidade de Antônio Cardoso (BA), uma região onde as influências culturais do sertão e do recôncavo baiano se misturam e contribuíram decisivamente para o arcabouço artístico deste grande poeta. Figura emblemática da cultura popular, também é um excelente cordelista com mais de 100 títulos publicados; um exímio sambador e tiraneiro, além de forrozeiro de grande valor, tendo todas estas virtudes comprovadas nos oito discos e dois DVDs gravados em mais de 45 anos de carreira. Já dividiu o palco com renomadas figuras como Gilberto Gil, Beth Carvalho, Gabriel o Pensador e Tom Zé, em apresentações nos Estados Unidos, na Alemanha, Espanha e em Portugal. Em 2008, Bule Bule foi condecorado com a maior premiação brasileira para a Cultura, a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, e em 2017 foi um dos homenageados da XII Bienal Internacional do Livro do Ceará.


ZÉ MARIA DE FORTALEZA (José Maria do Nascimento) – 60 anos de viola

 Zé Maria de Fortaleza é o nome artístico de José Maria do Nascimento, nascido em Aracoiaba (CE) em 07 de agosto de 1945. É cantador, repentista, músico, ator e cordelista. Membro da Academia Brasileira da Literatura de Cordel (ABLC), cadeira nº 24, que tem como patrono o poeta Francisco Sales Areda. Vice-presidente da Academia Brasileira de Cordel (ABC), filiado à Ordem dos Músicos do Brasil, à União dos Compositores Cearenses (UCC), à Associação dos Cantadores do Nordeste (ACN), à Sociedade dos Amigos da Arte (SOAMA) e vice-presidente da Associação de Escritores Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará (AESTROFE). Também cursou Teoria Musical no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno e foi certificado nos cursos “Influência afro na cultura brasileira” e “História da música popular brasileira”.


JOSÉ COSTA LEITE – 90 anos 

José Costa Leite nasceu em 27 de julho de 1927, em Sapé (Paraíba). Diz que nunca frequentou a escola tradicional, tendo aprendido a ler soletrando folhetos de cordel. Em 1938 muda-se com a família para Pernambuco, fixando residência em Condado, cidade aonde mora até hoje. Em 1947 começa a vender folhetos nas feiras do interior e, em 1949, publica os seus primeiros títulos: Eduardo e Alzira e Discussão de José Costa com Manuel Vicente. Verseja sobre praticamente todos os temas do cordel, escrevendo clássicos como A carta misteriosa do Padre Cícero Romão Batista, O dicionário do amor e Os dez mandamentos, o Pai Nosso e o Credo dos cachaceiros.

Suas xilogravuras ilustram inúmeros folhetos – tanto os seus, como os de outros poetas – e ganharam status de obra de arte a partir dos anos 1960, quando passaram a ser publicadas em álbuns e expostas em museus, no Brasil e no exterior. Em 2005, José Costa Leite foi o convidado especial de uma exposição realizada no Musée du Dessin et de l’Estampe Originale de Gravelines (França), aonde também fez ateliês de xilogravura.

Fonte: www.casaderuibarbosa.gov.br/cordel


Programação da II Feira do Cordel Brasileiro

17 de agosto (Quinta-feira)

Teatro

14h – Abertura Oficial da II Feira do Cordel Brasileiro – Recital dos Mestres

14h40min – “Bagunça dos Brinquedos” – Apresentação teatral com texto adaptado do cordel de Mariane Bigio e participação especial das crianças da cidade de Pio IX/PI


Palco Cego Aderaldo

15h – Forró de raiz: Cecília do Acordeom (Redenção/CE)

15h30min – Rafael Brito e a Rabecaria (Fortaleza/CE)

16h – Raul Poeta (Juazeiro do Norte/CE)

16h30min – Olegário Alfredo e Ricardo Evangelista (Belo Horizonte/MG) 

17h – Tempo de Brincar (Sorocaba/SP)

18h – Geraldo Amâncio e Guilherme Nobre (Fortaleza/CE)

19h – Mestre Valdeck de Garanhuns (Guararema/SP)


18 de agosto (Sexta-feira)

Teatro

14h – Palestra “Receitando Cordel” 

Palestrantes: Paola Torres (Fortaleza/CE), Sávio Pinheiro (Várzea Alegre/CE) e Breno de Holanda (Fortaleza/CE)

         Mediador: Assis Almeida (Fortaleza/CE)


Sala de Ensaio

14h – Oficina de Xilogravura - Facilitador: Sergio Magalhães (Itapajé/CE) – para o público a partir de 14 anos

14h – Oficina de Xilogravura - Facilitador: João Pedro do Juazeiro (Fortaleza/CE) - para o público a partir de 14 anos


Palco Cego Aderaldo

16h – Recital: Evaristo Geraldo da Silva (Alto Santo/CE), Lucarocas (Fortaleza/CE) e Arievaldo Viana (Caucaia/CE)

16h40 – Lançamentos da Cordelaria Flor da Serra com os poetas Arievaldo Vianna, Evaristo Geraldo da Silva, Auri Lopes, Marco Haurélio, Paiva Neves e Orlando Paiva.

17h – Declamação: Dideus Sales (Aracati/CE)

17h30min – Embolada: Marreco e convidado (Fortaleza/CE)

18h15min –“A grande peleja de Benedito com Guilherme Nobre” – Mestre Valdeck de Garanhuns (Guararema/SP)

19h15min – Mestre Chico Pedrosa (Olinda/PE)


19 de agosto (Sábado)

Teatro

14h – Palestra “A Literatura de Cordel no panorama brasileiro”

Palestrantes: Jorge Melo (São Paulo/SP), Marco Haurélio (São Paulo/SP), Oswald Barroso (Fortaleza/CE)

Mediação: Eduardo Macedo (Fortaleza/CE)


Sala de Ensaio


14h – Oficina de Cordel - Facilitador: Rouxinol do Rinaré (Fortaleza/CE) - para o público a partir de 12 anos


Palco Cego Aderaldo

15h – Recital: Antônio Francisco (Mossoró/RN)

16h – Tempo de Brincar (Sorocaba/SP)

17h – Declamação – Tiago Monteiro (Pocinhos/PB)

17h30min – Francine Maria (Ibiapina/CE)

18h – Show: Canto Cordel - Tião Simpatia (Fortaleza/CE)

18h50min – Eugênio Leandro (Limoeiro do Norte/CE)

19h10min – Mestre Bule-Bule (Camaçari/BA)


20 de agosto (Domingo)

Teatro

14h – Palestra “Cego Aderaldo, o trovador do Nordeste”

Exibição do Filme Cego Aderaldo – o Cantador  e o Mito – Classificação: Livre

Palestrantes: Rosemberg Cariry (Fortaleza/CE), João Eudes Costa (Quixadá/CE) e Arievaldo Viana (Caucaia/CE)

           Mediação: Poeta Orlando Queiroz (Quixadá/CE) 


Palco Cego Aderaldo

16h – Chico Pedrosa (Olinda-PE) e Antônio Francisco (Mossoró/RN)

16h30min – Forró pé-de-serra: Kutuka a Burra (Fortaleza/CE)

17h – Canções de Viola: Antônio Jocélio (Fortaleza/CE)

17h30min – Marco Lucena (RJ) e Cacimba de Aluá (Fortaleza/CE)


18h30min – Show de Encerramento: Mestre Bule-Bule (Camaçari/BA)


EXPOSITORES: 

ABLC (Rio de Janeiro/RJ)
AESTROFE (Fortaleza/CE)
Arievaldo Viana (Caucaia/CE)
CECORDEL (Fortaleza/CE)
Chico Pedrosa (Olinda/PE)
Cordelaria Flor da Serra (Fortaleza/CE)
Edições Patabego (Tauá/CE) 
Editora Coqueiro (Olinda/PE)
Eduardo Macedo (Fortaleza/CE) 
Evaristo Geraldo da Silva (Alto Santo/CE)
Francisco Melchiades (Fortaleza/CE)
Francorli (Juazeiro do Norte/CE)
Geraldo Amâncio (Fortaleza/CE)
Guilherme Nobre (Fortaleza/CE)
João Pedro do Juazeiro (Fortaleza/CE)
José Lourenço (Juazeiro do Norte/CE)
Jotabê (Fortaleza/CE)  
Lucarocas (Fortaleza/CE)
Nonato Araújo (Fortaleza/CE)
Olegário Alfredo (Belo Horizonte/MG)
Regina Drozina (Guararema/SP)
Ricardo Evangelista (Belo Horizonte/MG)
Rouxinol do Rinaré (Fortaleza/CE)
Valdeck de Garanhuns (Guararema/SP)
Valentina Monteiro (Campina Grande/PB)
Tupynanquim Editora (Fortaleza/CE)


Serviço: 

II FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO

Local: CAIXA Cultural Fortaleza 
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema 
Data: De 17 a 20 de agosto de 2017

Horários: Quinta a sábado: 14 às 20h | Domingo: 14 às 19h
Classificação indicativa: Livre 
GRATUITO

Atendimento à imprensa:
Helena Félix – (085) 99993-4920 / pontualcomunicacao@gmail.com e 
Kiko Bloc-Boris – (085) 98892-1195 / kikobb@gmail.com


Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Fortaleza (CE):
Bebel Medal – (85) 99934-0866
bebelmedal@gmail.com
www.caixa.gov.br/imprensa | @imprensaCAIXA


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Acesse o site www.caixacultural.gov.br 

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